Cirúrgias - Ocidentalização dos olhos.

18-12-2010 19:15

 Primeiro vamos explicar o objetivo da tal cirurgia. Os olhos dos orientais podem ser classificados em dois tipos, dependendo da existência ou não de uma dobra na parte superior das pálpebras. No japão, os olhos que não apresentam tal dobra são chamados de "hitoe" (simples) e os olhos com a dobra são chamados de "futae" (duplos). Os dois tipos existem naturalmente tanto nos japoneses como em outras etnia asiáticas, ao passo que os olhos ocidentais são todos do tipo futae (duplos). Os dois tipos existem naturalmente tanto nos japoneses como em outras etnia asiáticas, ao passo que os olhos ocidentais são todos do tipo futae (duplos).No geral, os olhos hitoe têm uma tendência ser menores (mais fechados) e mais angulosos do que os olhos futae, mas isso não é regra. Agora, o que faz um olho parecer asiático ou ocidental não é apenas a presença ou ausência da dita dobra, mas o formato como um todo.

O aspecto ocidental vem de um conjunto de olhos, nariz e boca, além do formato do rosto mais oval e anguloso. No aspecto oriental a face tende a ser arredondada,com projeções marcadas das maçãs e a pirâmide nasal pouco acentuada e os olhos são puxados.

Mas como explicar a existência de tal cirurgia, já que ela não confere o aspecto ocidental, que parecer ser o seu objetivo principal? É verdade que as japonesas (isso mesmo, somente as mulheres japonesas) consideram olhos futae mais bonitos. Elas consideram essa dobrinha na pálpebra como um sinal de beleza.Essa preocupação, das mulheres, com a dobrinha nas pálpebras chega ao extremo de algumas colocarem cola nas pálpebras para formar a tal dobrinha. Existe cola própria para isso à venda no Japão!

O que determina o padrão de beleza feminina em determinada cultura? Alguns podem dizer que é a mídia, que no caso, traria a influência ocidental para o Japão. Mas, em última análise, o padrão de beleza é determinado pelos homens da mesma cultura. 

É fato que muitas mulheres japonesas se preocupam em ter uma dobrinha. Mas nem lhes passa pela cabeça assemelhar-se às ocidentais. Elas dizem que os olhos com dobrinhas são mais “marcados”, e é isso que elas buscam, jamais a ocidentalização.

As japonesas têm a sua beleza própria,que é apreciada pelos seus pares e, se algumas resolvem fazer cirurgia ou pôr cola nos olhos, é para realçar essa beleza e não para adquirir uma “beleza importada”.

E a cirurgia não vem sendo feita só no ocidente. Além do Japão, atualmente operações de ocidentalização das pálpebras são muito realizadas na Coréia, Indonésia e Cingapura. Os chineses tambémcomeçam a prestar mais atenção na moda e nos conceitos de estética ocidentais.

A intervenção é bastante simples e rápida. Consiste na retirada de parte da gordura existente nas pálpebras superiores, seguida da criação de uma dobra de 5 a 7 mm. O procedimento é realizado com anestesia local e sedação. Durante a avaliação pré-operatória, é discutida com o paciente a altura ideal do novo sulco palpebral, que poderá variar conforme o caso e a preferência individual. Uma boa cirurgia de ocidentalização não deve descaracterizar completamente a origem da pessoa, mas apenas realçar alguns traços.